O Coordenador interino do partido, desde a morte de Afonso Dhlakama, obteve mais de 410 votos. Elias Dhlakama ficou em segundo lugar com 238. Concorreram também ao cargo de Presidente da segunda maior força política de Moçambique, Manuel Bissopo e Juliano Picardo. Herminio Morais desistiu da sua candidatura e apoiou Ossufo Momade.
Na abertura do Congresso da Renamo, propôs que o partido continue a constituir uma alternativa de Governo. Para tanto, defendeu a necessidade de fortalecer a sua coesão interna.
A propósito das fraudes nas Eleições Locais de Outubro passado, lembrando Afonso Dhlakama, referiu que o “saudoso” Presidente ensinou o partido “a saber transformar as dificuldades em fonte de inspiração e crescimento.
Ossufo Momade preconizou que o pacote de descentralização, resultado do processo de paz entre a Renamo e a Frelimo, deve continuar a servir para fortalecer a democracia.
O Congresso da força política da perdiz termina hoje, aguardando-se as conclusões dos temas em debate, nomeadamente sobre as negociações de paz, as eleições gerais de 15 de Outubro, bem como o nome do seu futuro Secretário-Geral.
O sucessor de Afonso Dhlakama, militar com a patente de General, ocupou aquele cargo de 2007 a 2012. Ossufo Momade foi comandante da guerrilha, bem como deputado, para além de um incondicional apoiante do falecido Presidente do partido, tendo granjeado a posição de braço direito e esquerdo do líder.
O agora dirigente máximo da Renamo, nascido na Ilha de Moçambique, completa 58 anos no final de Janeiro.